Em cerimônia de posse Ricardo Anafe fala em pagar data-base e repor servidores do TJ-SP

10/01/2022

Novo presidente tomou posse na sexta-feira, 07, e sinalizou uma gestão de “portas abertas” – Foto: Antonio Carreta/TJ-SP

Aconteceu na última sexta-feira, 7 de janeiro, a cerimônia de posse da nova diretoria do Tribunal e Justiça de São Paulo (TJ-SP) para o biênio 2022/2023.

E, na ocasião, o presidente eleito, Ricardo Mair Anafe, sinalizou que na sua gestão pretende valorizar os servidores, revisar os subsídios e melhorar as condições de trabalho na corte.

“Não podemos ignorar o período delicado e desafiador ora vivenciado, em que muitos colegas se encontram desestimulados e sem perspectivas na carreira, ante a significativa defasagem remuneratória, o excessivo volume de serviço, a escassez de servidores e as insuficientes condições de trabalho”, defendeu durante seu discurso de posse.

O novo presidente destacou também que seu desejo é fazer uma gestão de “portas abertas”

“Eu amo este tribunal e prometo aos senhores dar o melhor de mim e estar sempre de portas abertas para sugestões, críticas, ao que for, mas sempre de portas abertas”, afirmou.

Logo após a cerimonia, em conversa com jornalistas, Anafe voltou a falar sobre a remuneração dos servidores, e garantiu que fará o que for possível para valorizar a categoria.

“Eu quero cumprir a data base na medida das forças do tribunal”, disse, e complementou dizendo que é preciso, inclusive, repor os servidores.

Outro assunto importante mencionado por Ricardo Anafe é a contagem do quinquênio e sexta parte, que haviam sido interrompidos. Segundo ele, desde os primeiros dias de janeiro tanto um quanto outro já passam a ser contados novamente.

Orçamento para 2022

Para 2022 o orçamento do Tribunal de Justiça de São Paulo será de R$ 13,5 bilhões, um valor R$ 1,2 bilhão maior que o disponível em 2021.

Apesar disso, segundo Anafe, essa diferença a mais já está comprometida com o pagamento da insuficiência previdenciária.

“Quem adimple as aposentadorias é o próprio tribunal, de todos os servidores. São 25 mil servidores aposentados e essa manutenção é muito complicada”, explicou.

“Se eu excluir esses R$ 1,281 bilhões, considerar que nós não temos verba de custeio (não veio um centavo de verba de custeio) e eu tenho uma vinculação de verba de investimento de R$ 120 milhões e uma vinculação da insuficiência previdenciária de R$ 1,281 bilhões, são R$ 681 milhões a menos que no ano passado”, resumiu.

Para Ednaldo Batista, presidente da Apatej, a expectativa é que essa abertura ao diálogo com o TJ-SP realmente se confirme, não apenas para discutir questões relativas à salários, como também aos demais assuntos de interesse dos servidores.